2W Weekly | 17 de Maio
Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)
Na segunda semana operativa de maio de 2021 (08/05/2021 a 14/05/2021), a média semanal do PLD fechou em R$ 191,80/MWh, R$ 192,04/MWh, R$ 151,85/MWh, R$ 153,01/MWh, para os submercados Sudeste, Sul, Nordeste e Norte respectivamente.
A variação em relação ao preço médio da função de custo futuro do modelo do DECOMP foi de R$ 31,71/MWh, R$ 31,95/MWh, R$ 82,10/MWh, R$ 83,26/MWh, para os submercados Sudeste, Sul, Nordeste e Norte respectivamente.
Para a terceira semana operativa de maio de 2021 (15/05/2021 a 21/05/2021), a função de custo futuro do modelo DECOMP indica um preço de R$ 213,80/MWh, R$ 213,80/MWh, R$ 189,12/MWh, R$ 189,11/MWh, para os submercados Sudeste, Sul, Nordeste e Norte respectivamente.
A expectativa atual do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de Energia Natural Afluente (ENA) para o mês de maio é de 62% da MTL no subsistema Sudeste, 22% da MTL no subsistema Sul, 38% da MTL no subsistema Nordeste e 87% da MTL no subsistema Norte.
A estimativa realizada hoje pela 2W Energia para o mês de maio, com modelos hidrológicos do tipo Chuva X Vazão, apresenta para o subsistema Sudeste um intervalo de 62% a 65% da MLT, centrado em 62%. O subsistema Sul fica entre 19% e 53% da MLT, centrado em 28%.
A Energia Armazenada inicial em 14/05/2021 é de 33,2%/ 55,5%/ 65,2%/ 83,3% nos subsistemas Sudeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente.
Cenário atual e diferenças em relação à semana passada:
Precipitação realizada
No fim de semana, não houve mudanças relevantes nas bacias do SIN.
Precipitação para os próximos 15 dias
Ao longo da semana atual não haverá eventos significativos de chuva.
A partir do dia 21/05, há um alinhamento entre os modelos GFS e ECMWF na previsão de eventos de precipitação sobre as bacias Sul e Sudeste. Cabe destacar que apesar dos modelos apresentarem consistência em simular eventos causando chuva sobre as bacias brasileiras a partir do dia 21/05, o volume de chuva, locacional e comportamento dos sistemas tem flutuado bastante nas previsões, o que reduz a confiabilidade nas variáveis citadas.
Interpretações do mercado
A semana passada foi marcada por uma redução na liquidez do mercado como um todo, ocasionada principalmente pela falta de mudanças relevantes nas expectativas de regulatório e climatologia.
No início da tarde de hoje apenas junho e julho 2021 estavam mais baixos do que no início da semana anterior, e a curva é a seguinte:
Mai/21 @214, jun/21@272, jul/21 @428, ago/21 @478, Set/21 @461, @out/21 @412, Nov/21 @395 e dez/21 @295. 2022 segue firme entre 250/255, e 2022 195/198.
No regulatório, tivemos a confirmação temporária sobre as alterações de vazões mínimas para Jupiá e P.Primavera que por hora devem ser de 3.300 e 3.900 m3/s, respectivamente.
O impacto no preço foi pequeno pois a precificação de mercado já colocava baixa a possibilidade de restrições mais agressivas. Algumas casas ainda trabalhavam considerando alguma hipótese de vazões menores, podendo chegar até 2500/3200, conforme os testes fossem sendo executados. Agora tivemos apenas a confirmação de que isso não irá ocorrer.
Em outra frente, devido a temporada de praias, o operador limita a vazão defluente da usina de serra da mesa para evitar problemas nas regiões turísticas a jusante da usina. A programação era de uma restrição de vazão máxima para 300m3/s, e agora alteramos o valor para 600m3/s.
A consequência dessa alteração é um aumento na geração hidráulica em toda a cascata e, consequentemente, o impacto baixista nos preços calculados.
Acreditamos hoje que apenas uma reversão forte nas expectativas climáticas sobre a sub-região sul do país teria ímpeto o suficiente para causar uma queda mais significativa nas cotações, com poucas alterações regulatórias no horizonte.
Lembramos que junho é início de período umido do Sul, então volatilidade nesses mapas é esperada. Apesar disso, as condições de solo no podem ser um fator adverso a essa climatologia se transformar em vazões naturais.