Com falta de chuva, crise hídrica alerta consumidores para consumo consciente de energia

Responsável por mais de 60% da matriz energética, a energia hidráulica, é a principal fonte de geração de energia no Brasil. Para atender a demanda do setor elétrico, fontes renováveis têm sido uma alternativa no país, mas a seca dos últimos meses nos reservatórios hidrelétricos, desperta novas medidas no setor e o consumo consciente de energia dos brasileiros.

Desde o ano passado, a falta de chuva vem sendo um ponto de atenção, principalmente, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país que enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Em outubro de 2020, por conta dos registros de escassez e previsões de chuva, o governo optou por despachar usinas termelétricas não programadas na tentativa de preservar as condições dos reservatórios, o que gerou aumento nos custos com energia. Neste ano, o cenário de chuvas ainda não tem sido favorável, portanto, alterativas seguem em discussão, afim de garantir que todos os consumidores continuem abastecidos corretamente.

Quando acionar as termelétricas?

A fonte de energia hidráulica, depende de situações favoráveis de chuva e condições dos reservatórios, quando estão em níveis baixos, há um aumento do despacho de geração termelétrica, que possui um custo de geração maior do que o hidráulico, isto é feito para melhorar a situação dos reservatórios e garantir o fornecimento de energia do país. Neste cenário, quando há possibilidade de um bom volume de chuvas, os operadores do sistema elétrico despacham uma quantidade menor de usinas termelétricas, sinalizando melhora das condições do sistema.

Outras crises hídricas marcaram o setor elétrico brasileiro, principalmente nos anos de 2001 e 2014, cenário aquele que, na época, mais de 90% da energia elétrica brasileira era produzida por usinas hidrelétricas, o que fazia o país depender muito mais deste tipo de geração e dos níveis de volume de água nos reservatórios.

Em 2001, o governo optou por despachar termelétricas, insuficientes na época, e conscientizar os brasileiros a racionar energia. Já no final de 2014, início de 2015, o modelo seguiu também com o acionamento das termelétricas, afim de garantir uma base de segurança para o país, contudo, o modelo gerou custos altíssimos em relação ao aumento das tarifas.

Hoje, o cenário de escassez das chuvas ou também chamado de crise hídrica é comparado por alguns especialistas do setor com o período vivido em 2014, no entanto, vale ressaltar que, atualmente, o sistema elétrico brasileiro conta com uma maior diversidade de fontes de geração de energia e uma melhor rede de distribuição.

A expectativa para os próximos meses ainda é de pouca chuva para essas regiões, por isso, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a despachar usinas térmicas fora da ordem de mérito com o objetivo de preservar o nível dos reservatórios e reduzir a geração hídrica para suprir a demanda.

Com o risco hídrico, temos energia para abastecer o país?

 Localizados na bacia do rio Paraná e responsáveis por mais da metade da capacidade de produção de energia elétrica no Brasil, os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, estão em alerta hídrico para o período de junho a setembro.

As consequências dos reservatórios em níveis baixos nessas regiões, têm sido acompanhados diariamente pelos órgãos do setor e Governo, que possibilitam uma série de medidas no setor. Até o momento, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), garantiu, em nota técnica, que as ações conduzidas pelo governo federal, através do acionamento de usinas termelétricas e a importação de insumos, são suficientes para abastecer o país neste ano, além de contar com o consumo consciente de todos. 

Como podemos fazer a nossa parte? 

Apesar do risco hídrico alertado e da previsão do nível de chuvas nos próximos meses, precisamos aguardar a recuperação dos níveis dos reservatórios.

O consumidor já vem sentindo no bolso os encargos na conta de energia, além da situação econômica que o país atravessa – principalmente por conta do período de pandemia – mas em cenários como este de escassez de chuvas que estamos atravessando, é muito importante que o consumidor dobre sua atenção em reduzir seu consumo para utilizar a energia elétrica de forma consciente.

E o que muda no dia a dia? 

Adotar práticas de consumo consciente de energia para evitar o desperdício e o aumento da conta de energia no final do mês, é a principal dica para os consumidores.

No Mercado Cativo, a maioria residenciais, algumas atitudes como: desligar os equipamentos da tomada antes de sair; usar lâmpadas de LED, que são mais econômicas; tomar banhos mais curtos; e manter a torneira fechada enquanto se escova os dentes, traz benefícios de economia para os consumidores, além de contribuir com o cenário atual de escassez das chuvas.

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