A importância da gestão energética nas pequenas indústrias.
Solicita-se o pedido de 35.670 unidades de um determinado produto. Departamentos de projeto, fabricação, financeiro, contábil e comercial iniciam as atividades. Matéria-prima chega e, assim, elétrons em constante agitação.
Na indústria, cada departamento é parte da cadeia do processo e todos trabalham em prol de fornecer ao cliente um produto de qualidade com preço justo. Seja a área de suprimentos negociando com seu fornecedor um desconto na compra da matéria-prima, seja a área fiscal aplicando o retorno de créditos dos tributos pagos.
Mas e a energia elétrica? É só pagar a fatura? Fazer manutenções ou projetos de eficiência energética?
Cadê a gestão desse insumo essencial e que impacta diretamente no custo do produto?
Muitas das pequenas indústrias não conhecem ou tem receio de escolher seu fornecedor de energia. “E se a luz acabar, o que farei?” “Pagar mais do que uma fatura de energia? Que difícil”.
Essas e muitas outras perguntas surgem quando empresas participantes do mercado livre de energia batem a porta. E, sendo assim, que tal descomplicarmos?
O consumo industrial representa 80% do mercado livre de energia. Desse percentual fazem parte os consumidores livres e especiais.
A classe de migração que mais cresce é a do consumidor especial. Mas quem é esse consumidor?
É a pequena indústria que decidiu aprimorar a gestão de custos e o consumo de energia elétrica.
Na última contabilização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), havia mais de 9 mil agentes, sendo:
– 6.834 consumidores especiais e
– 978 consumidores livres.
Nos últimos anos, principalmente em 2016, o mercado livre cresceu, pois, o consumidor foi, e está, em busca de seu espaço e competitividade. Ao todo, mais de 30% do consumo de energia em todo o país está no mercado livre.
Para a indústria escolher seu fornecedor de energia e, assim, migrar para o mercado livre, há alguns requisitos a serem atendidos. Um deles é o enquadramento da demanda contratada, conforme tabela abaixo:
O consumidor especial tem um importante papel no setor elétrico: promover a energia renovável.
O consumidor enquadrado como especial só pode adquirir energia de fontes incentivadas, ou seja, proveniente de pequenas centrais hidrelétricas, geração eólica, solar e biomassa.
A aquisição deste tipo de energia traz benefícios ao comprador, além da sustentabilidade, proporciona descontos de até 100% na tarifa de uso do sistema de distribuição.
Quanto valor agregado possui a energia elétrica, não é? O consumo torna-se parte da estratégia da empresa quando é conhecido, quando possui gestão, quando a liberdade de escolha é possível.
No mercado livre de energia, o consumidor é, muitas vezes, amparado por empresas de gestão e comercializadoras de energia no momento da contratação de energia e no processo de adesão à Câmara de Comercialização.
Essas empresas fazem o elo entre o setor elétrico e o seu consumo, apoiando na compreensão das regras e procedimentos do mercado além de transmitir conhecimento.
O trabalho a 2W é admirável pois faz justamente isso, facilita esse processo burocrático, ampliando as facilidades e praticidade para este consumidor.
A pequena indústria, em busca de redução de custos, precisa compreender as oportunidades do mercado livre de energia, e a melhor resposta se chama previsibilidade. Dentre as diversas incertezas e dificuldades do mundo empresarial, ter previsibilidade de custos é estratégico e reflete em oportunidades.
Com as particularidades de cada negócio, o consumidor que decide migrar para o mercado livre ganha a liberdade de escolher seu fornecedor, não só de matéria-prima, mas também de sua energia elétrica. Negociar preços, período de contratação (curto a longo prazo) e, desta forma, ter um melhor gerenciamento de toda a cadeia do processo produtivo.
Muitas possibilidades, previsibilidade e sustentabilidade.
Joiris Manoela Dachery
Fundadora Energês