Qual o futuro do Mercado Livre de Energia?
Mercado Livre de Energia no mundo
O Mercado Livre de Energia, já é uma modalidade muito praticada em diversos países. A Abraceel lançou, no ano passado, o Ranking Internacional de Liberdade da Energia Elétrica: estudo que mostra o quanto a população de cada país pode escolher livremente o fornecedor de eletricidade.
Esse levantamento conta com a participação de 56 países, no qual 62,5% já tornaram livre a escolha para 100% da população, e o Brasil não entra nessa estatística. O ranking é liderado pelo Japão, seguido da Alemanha, Coréia do Sul, França e Reino Unido. Confira a lista completa:
O Brasil se encontra na penúltima posição, reflexo das nossas políticas públicas. Esse cenário evidencia o quanto o país ainda precisa melhorar. “O levantamento mostra claramente como o Brasil está na contramão das grandes economias mundiais. Estamos muito atrasados em nosso cronograma de abertura do mercado”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel.
A não abertura do mercado, representa uma situação prejudicial para os consumidores, pois sem essa liberação, mantemos o cenário sem competitividade, que enfatiza os preços altos nas faturas de luz.
O Mercado Livre de Energia já mostrou ser uma ótima ferramenta de encomia para os brasileiros e geração de lucro para o país. Segundo a Abraceel, em 2019 o segmento movimentou R$134 bilhões, 6% maior que em 2018. Além disso, de acordo com a Associação, os consumidores do ACL já economizaram R$195 bilhões nos últimos 21 anos, o que equivale a uma economia anual de quase R$10 bilhões.
Mercado Livre de Energia no Brasil
Apesar de estarmos no final da lista da Abraceel e ainda não termos o Mercado Livre de Energia aberto para todos os brasileiros, o segmento vem avançando aos poucos.
Hoje em dia, do total da demanda de energia, cerca de 30% vem do ACL, enquanto a geração cativa representa 70%, segundo Abraceel. Mas, para os próximos 10 anos, o cenário é promissor para o segmento: de acordo com Wilson Ferreira, presidente da Eletrobras, o Mercado Livre pode vir a representar 50% do consumo de energia no país.
Outro indicador de crescimento do mercado, é o constante aumento no número de agentes no ACL. Mesmo em plena crise do Covid-19, cresce o número de agentes no Mercado Livre, alcançando em Agosto desde ano a casa dos 10 mil agentes, 11% a mais em comparação ao mesmo mês de 2019, conforme CCEE.
Além disso, no primeiro semestre de 2020, o mercado fechou com 7.812 consumidores, o que representa uma alta de 22,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse alto valor é resultado do crescimento do número de consumidores especiais, que teve um aumento de 25%, enquanto os consumidores livres 9%.
A abertura do Mercado Livre para o consumo residencial, ainda está em aprovação e deverá ter uma decisão até o dia 31 de Janeiro de 2022. Por enquanto, só pode ingressar no ACL aqueles que consomem no mínimo 500 KW.
Esta jornada ainda é longa e há muitas coisas que vamos conquistar. Se você se interessou pelo Mercado Livre de Energia e quer saber mais, confira nossas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades: Site, Facebook, Instagram, Linkedin, Twitter e Youtube.